C. N.
Recomendo vivamente
estes dois CDs: Japanese
Folk Melodies, com Jean-Pierre Rampal na flauta, e Sakura-Japanese
Melodies for Flute and Harp, com Rampal e Laskine. Conheço um pai que
fundou a educação musical de seu filho, desde a mais tenra idade, em Mozart e
nestes dois CDs – e afianço que com resultados magníficos.
Mas para todos são uma
rara oportunidade de conhecer a bela música nipônica. E nunca é demasiado
lembrar que do Japão nos vieram grandíssimas formas artísticas e grandíssimos
artistas: por exemplo, o haicai (ainda que nem sempre por seu fundo), e, no
cinema, o Kurosawa de Céu e Inferno e de Derzu
Uzala e, sobretudo, Yasujirō Ozu,
cuja cinematografia, à parte as limitações próprias da origem, é a mais pura
poesia do familiar e do doméstico. É obra sem similar, e conseguiu fazer até que,
sob sua influência, o entediante e confuso Wim Wenders realizasse seu único
filme com alguma vida (Paris, Texas).
Mas este é assunto para
outro espaço, em que me ocuparei do cinema. Por ora, fiquem com estas pérolas:
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