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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Bruckner por Celibidache – a música em ordem à eternidade


C. N.

Cada um a seu modo, três maestros entenderam mais perfeitamente a música de Bruckner e sua ordem à eternidade: Eugen Jochum, Günter Wand, e o romeno Sergiu Celibidache. Pois bem, os dois vídeos com este último cujo enlace se dá abaixo falam por si. Não deixem de guardá-los: são documentos inestimáveis para os amantes da música devidamente ordenada e avessos ao dionisíaco musical. Particularmente de recomendar é o vídeo sobre a Nona Sinfonia de Bruckner: além da magistral aula de regência, de música, de arte, mostra ali Celibidache, para os que têm ouvidos de escutar, por que Bruckner é inigualável; atente-se especialmente a tudo o que diz em sua visita a St. Florian. Mas a ambos os vídeos é impossível assistir sem admiração ou sem emoção.   


Observação. Particularmente com Bruckner o maestro romeno exercita sua tendência a executar a música mais lentamente que os demais. À Oitava Sinfonia de Bruckner, por exemplo, enquanto os demais lhe dão duração entre 1,15 e 1,25 h, Celibidache lhe dá a de 1,42 h. Voltaremos a tratá-lo na série sobre A Sinfonia.    

Em tempo. Fiquem, ademais, desde já, com enlace para todas as sinfonias de Bruckner que Celibidache regeu, além do Te Deum. Não deixem de guardar todos estes importantes documentos:

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Mozart/Süssmayr - Requiem - Karajan


Carlos Nougué

Indubitavelmente belo e dotado de sublimidade religiosa, ainda que não litúrgica. Mas não é todo de Mozart. Este começou a compô-lo por encomenda do conde Walsegg-Stuppach (que pedira ao compositor anonimato, porque queria executá-lo em memória de sua esposa como se fosse composição sua); e começou a fazê-lo vigorosamente. No entanto, sua saúde começou por sua vez a deteriorar, e ele passou a pensar fixamente que o compunha para sua própria morte – que de fato o alcançou quando a peça ainda estava longe de concluir-se. Sua viúva, então, por precisar receber a metade ainda não paga pelo conde, pediu ao assistente de Mozart, Franz Süssmayr, que o concluísse. O Introitus é a única parte que Mozart escreveu completamente. De destacar, a Sequentia, dividida em “Dies irae” (impressionante), em “Tuba mirum” e seu trombone, em “Rex tremendae”, em Recordare, em Confutatise na tocante “Lacrimosa”; o majestoso Sanctus, com breve fuga no “Hosanna”; e o Benedictus, que conclui com estupenda fuga para coro pleno. Mas para o Sanctus, para o Benedictus e para o Agnus Dei Süssmayr já não contou sequer com esboços de Mozart.  

Observação. Para mim, a versão de Karajan sobre-eleva à de todos os demais.




Wolfgang Amadeus Mozart
Requiem in d minor, k 626
Herbert von Karajan
Wiener Philharmoniker
Wiener Singverein
1986
Anna Tomowa Sintow
Helga Muller Molinari
Vinson Cole
Paata Burchuladze

2:05 I. Introitus
7:34 II. Kyrie
III. Sequentia
10:16 1. Dies irae
12:09 2. Tuba mirum
16:01 3. Rex tremendae
18:22 4. Recordare
23:32 5. Confutatis
25:54 6. Lacrimosa
IV. Offertorium
29:29 1. Domine Jesu
33:22 2. Hostias
38:00 V. Sanctus
39:50 VI. Benedictus
45:30 VII. Agnus Dei
49:13 VIII. Communio

John Williams plays Bach - The Four Lute Suites on Guitar


Uma sucessão de pérolas pelo guitarrista mais límpido e cristalino. Quanto a isto, John Williams está para a guitarra assim como Glenn Gould está para o piano.




1. I. Passaggio - Presto 00:00
2. II. Allemande 02:34
3. Suite No. 1 in E minor for Lute, BWV 996 - Highlights: III. Courante 04:35
4. IV. [Sarabande] 07:09
5. Suite No. 1 in E minor for Lute, BWV 996 - Highlights: V. Bourrée 10:12
6. Suite No. 1 in E minor for Lute, BWV 996 - Highlights: VI. [Gigue] 11:25
7. Suite (Partita) in A minor, BWV 997 (originally in C minor) - Highlights: I. Preludio - Fuga 14:16
8. Suite (Partita) in A minor, BWV 997 (originally in C minor) - Highlights: II. Sarabande 23:38
9. Suite (Partita) in A minor, BWV 997 (originally in C minor) - Highlights: III. Gigue - Double 27:24
10. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1006a: I. Prélude 31:20
11. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1006a: II. Loure 35:46
12. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1006a: III. Gavotte en Rondeau 39:20
13. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1006a: IV. Menuetts I & II 42:08
14. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1006a: V. Bourrée 46:26
15. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1006a: VI. Gigue 48:16
16. Suite in A minor for Lute, BWV 995: I. Präludium - Presto 50:23
17. Suite in A minor for Lute, BWV 995: II. Allemande 55:41
18. Suite in A minor for Lute, BWV 995: III. Courante 58:49
19. Suite in A minor for Lute, BWV 995: IV. Sarabande 01:00:55
20. Suite in A minor for Lute, BWV 995: V. Gavotte I & II 01:04:46
21. Suite in A minor for Lute, BWV 995: VI. Gigue 01:08:56

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Bach - Richter, Conciertos de Brandenburgo 1-6, BWV 1046-1051


Outro vídeo histórico; de guardar. Parece-nos sem dúvida a melhor versão destes magníficos concertos. Note-se: com instrumentos modernos (afora um que outro, como o cravo). Perfeição em dinâmica, em equilíbrio,
em cristalinidade, em vigor, ou seja, 
quanto requer a música de Bach.




Johann Sebastian Bach (1685 - 1750)
Conciertos de Brandenburgo 1 - 6, BWV 1046 - 1051
Münchener Bach-Orchester,
Karl Richter, director.

Concierto de Brandenburgo Nº 1 en Fa mayor BWV 1046
[00:28~] 1º. Allegro
[04:23~] 2º. Andante (en re menor)
[08:12~] 3º. Allegro
[12:53~] 4º. Menuetto; Trío I (2 oboes y fagot); Menuetto Polacca 

(violines y violas); 
Menuetto Trío II (2 cornos y 3 oboes); Menuetto.

Concierto de Brandenburgo Nº 2 en Fa mayor BWV 1047
[20:50~] 1º. Allegro
[26:00~] 2º. Andante (en re menor)
[29:44~] 3º. Allegro assai

Concierto de Brandenburgo Nº 3 en Sol mayor BWV 1048
[32:35~] 1º. Allegro
[38:38~] 2º. Adagio
[39:41~] 3º. Allegro

Concierto de Brandenburgo Nº 4 en Sol mayor BWV 1049
[45:06~] 1º. Allegro
[52:44~] 2º. Andante (en mi menor)
[56:44~] 3º. Presto

Concierto de Brandenburgo Nº 5 en Re mayor BWV 1050
[1:01:48~] 1º. Allegro
[1:11:44~] 2º. Affettuoso (en si menor)
[1:16:38~] 3º. Allegro

Concierto de Brandenburgo Nº 6 en Si♭ mayor BWV 1051
[1:22:00~] 1º. Moderato
[1:28:22~] 2º. Adagio ma non tanto (en Mi♭ mayor)
[1:33:07~] 3º. Allegro


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Bruckner, Symphony No 7 E major (Eugen Jochum, Concertgebouw)

C. N.

Esta sinfonia, que é não só uma das maiores sinfonias mas uma das maiores peças musicais – e entre estas estão pelo menos quatro outras sinfonias de Bruckner –, é, ademais, como uma longa procissão, ou como uma longa oração, composta e (corretamente) executada como de joelhos e com a alma tomada de verdadeira e contida emoção ante o divino. A solenidade de fundo religioso é sua marca. É uma catedral sonora, um análogo das grandes catedrais góticas ou barrocas.   
Desta fonte beberam – muito bem, e cada um à sua maneira – Hans Rott em sua única sinfonia, o Gustav Mahler da Sinfonia 2 até pelo menos a 5, Franz Schmidt em suas quatro sinfonias, o Erkki Melartin da Sinfonia 3 e da 6, e Richard Wetz em suas três sinfonias; e ainda, de certo modo, o Einojuhani Rautavaara da Sinfonia 3, da 7 e da 8 (as outras são cacofônicas em algum grau), o Egon Wellesz da Sinfonia 1 e da 2 (as outras também são cacofônicas em algum grau), e outros.
E valem para as sinfonias de Bruckner o que escreveu o maestro Mahler na capa da partitura do Te Deum bruckneriano, em lugar de “para solistas, coro, órgão e orquestra”: “Para as vozes dos anjos abençoados pelo Céu, para os corações puros e para as almas purificadas pelo fogo”.  

Em tempo. O maestro Eugen Jochum é o regente bruckneriano por excelência. Ao lado de suas versões das sinfonias de Bruckner, as de todos os demais empalidecem em algum grau ou de algum modo. Este vídeo histórico é de guardar.