quarta-feira, 31 de agosto de 2016
terça-feira, 30 de agosto de 2016
"Um Condenado à Morte Escapou", de Robert Bresson (1956)
C.
N.
Como se disse em Cinema: arte liberal, arte do belo (e um filme de Robert Bresson), o primeiro objeto da arte do belo é a proposição mental que é significada ou simbolizada por uma obra bela. Pois bem, a proposição simbolizada por esta estupenda película de Bresson é “O vento sopra onde quer” (de João 3, 8: “O vento sopra onde quer, e ouves sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito”). Veja-se o filme (aqui só pude postar seu trailer), e comprovar-se-ão tanto seu conseguimento quanto ao duplo objeto da arte como sua devida ordenação ao fim desta. — Uma última coisa: a música de Mozart (sua Missa em dó menor) pontua perfeitamente a película.
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Carlos Nougué
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O agnóstico Ingmar Bergman fala de "O Sétimo Selo" e de Deus
C.
N.
Eis uma película que cumpre perfeitamente o duplo objeto da arte, mas falha quanto a seu fim. Para entender o que digo, leia-se Cinema: arte liberal, arte do belo (e um filme de Robert Bresson), e escute-se o que o mesmo Bergman (sem dúvida um cineasta maior) diz neste breve trecho de um documentário. Para o final deste mesmo documentário (o que não aparece aqui), dirá Bergman que se considera a si mesmo uma sorte de demônio. É de estarrecer.
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Carlos Nougué
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18:51
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sábado, 27 de agosto de 2016
Ferrer-Dalmau, talvez o maior pintor da atualidade
C. N.
Realista, Augusto Ferrer-Dalmau Nieto (Barcelona, 1964) sobressai especialmente nas pinturas em que retrata os carlistas em
combate, às quais imprime força épico-católica. Visite-se o site sobre
sua obra, no endereço http://www.arteclasic.com/, e especialmente a sessão “Óleos”; e procure-se no Google “Ferrer-Dalmau –
imagens”. O que se verá – e em que
quantidade! – falará por si.
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Carlos Nougué
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22:16
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Trailer de "Kagemusha, a Sombra de um Samurai" (1980), uma das obras-primas de Akira Kurosawa
C.
N.
Trailer de Kagemusha,
a Sombra de um Samurai (1980), uma das obras-primas de Akira Kurosawa.
Verdadeira e imponente tragédia guerreiro-psicológica, é muito superior quanto
ao fim da arte a seu Ran, uma,
digamos, “tragédia teológica” (baseada em Rei
Lear, de Shakespeare). Mas, como em Ran,
tudo aqui é perfeito tecnicamente: atores (especialmente o impressionante ator
principal, Tatsuya Nakadai), cores (nunca se tinham visto cores assim no
cinema), música (de Shin’ichirō Ikebe), etc.
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Carlos Nougué
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17:04
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sexta-feira, 26 de agosto de 2016
A mais bela cena do filme “Ben-Hur”, de William Wyler.
C.
N.
Por esta cena (vide
João 4, 13-14: “Jesus respondeu: ‘Quem beber desta água terá sede outra vez,
mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a
água que eu lhe der tornar-se-á nele uma fonte de água a jorrar para a vida
eterna’”), por esta cena, digo, e pelo filme como um todo se entende por que
disse Pio XII que o cinema “poderia ter sido” a maior das artes. Porque, com
efeito, nesta mesma e imponente película se imiscuiu o mal. O roteirista do
filme, o terrível Gore Vidal, alterou radicalmente duas coisas com respeito ao
livro original: insinuou, ainda que imperceptivelmente para a maioria das
pessoas, uma relação homossexual entre Ben-Hur e Messala; e eliminou o final do
livro, ou seja, a conversão a Cristo do príncipe judeu Ben-Hur, limitando-se à
cura milagrosa de suas parentes leprosas. Há outros problemas, ademais; mas
baste aqui o dito.
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Carlos Nougué
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10:44
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Cena da expulsão dos mouros no filme “El Cid”, de Anthony Mann
C. N.
El Cid cavalga já morto contra os mouros. Note-se em especial o rei e outros cavaleiros ajoelhados ao final e rogando a Deus: “Receba este que foi o mais nobre dos cavaleiros”. Charlton Heston é o ator épico por excelência, e Sophia Loren encarna perfeitamente Ximena, a mulher de El Cid. Ainda de destacar, a música da película, do grande compositor húngaro Miklós Rózsa. – Em tempo: o filme baseia-se na peça de Pierre Cornaille Le Cid, e não na epopeia original anônima El cantar de mio Cid.
Em certa cena, tem-se já um um odor de ecumenismo (há outro problemas, que porém não tratarei aqui). Por outro lado, porém, é verdade que El Cid conseguiu o apoio de certos chefes mouriscos minoritários contra os majoritários, assim como o Rei São Luis tentou atrair a aliança dos mongóis contra os turcos (infelizmente morreu, e seu filho e sucessor no trono não deu prosseguimento ao plano). E veja-se na parte final, na qual o rei, ajoelhado, roga a Deus que receba El Cid, que também o chefe mouro aliado está ajoelhado, ou seja, em posição cristã. E eis o grito de guerra da batalha final, dado pelo rei: “Por Deus, por El Cid, pela Espanha!”
Em certa cena, tem-se já um um odor de ecumenismo (há outro problemas, que porém não tratarei aqui). Por outro lado, porém, é verdade que El Cid conseguiu o apoio de certos chefes mouriscos minoritários contra os majoritários, assim como o Rei São Luis tentou atrair a aliança dos mongóis contra os turcos (infelizmente morreu, e seu filho e sucessor no trono não deu prosseguimento ao plano). E veja-se na parte final, na qual o rei, ajoelhado, roga a Deus que receba El Cid, que também o chefe mouro aliado está ajoelhado, ou seja, em posição cristã. E eis o grito de guerra da batalha final, dado pelo rei: “Por Deus, por El Cid, pela Espanha!”
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Carlos Nougué
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quinta-feira, 25 de agosto de 2016
domingo, 21 de agosto de 2016
A obra-mestra de Gustav Mahler: “Symphonia n. 2 – Resurreição" (Claudio Abbado, Lucerne Festival Orchestra)
C. N.
Assim como não ouviríamos
esta magnífica e complexa sinfonia sem que a tivesse feito o compositor, e sem
que uma orquestra a executasse sob a regência de um maestro enquanto
representante do compositor, assim tampouco o universo existiria sem que o
tivesse criado a causa primeira – Deus –, e sem que os entes o executassem sob
a regência das causas segundas enquanto representantes de Deus. E, com efeito,
se do ângulo do espaço o universo é como um grandíssimo afresco, do ângulo do
tempo é como uma longuíssima sinfonia.
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Carlos Nougué
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20:38
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Em setembro e em outubro, dois cursos de Carlos Nougué sobre tradução
O que é a
tradução literária
Tradução
do espanhol ao português
Página inicial:
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Carlos Nougué
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quarta-feira, 17 de agosto de 2016
terça-feira, 16 de agosto de 2016
domingo, 14 de agosto de 2016
Dois novos cursos (pagos) de Carlos Nougué
C. N.
Em outubro e em novembro
terão início dois novos cursos on-line
meus:
• em outubro, História da Música Erudita Ocidental (litúrgica e
profana) (clique aí para todas as informações);
• em novembro, História da
Filosofia: Do Impulso Grego ao Abismo Moderno (clique aí para todas as informações).
O primeiro já o ministrei
presencialmente. O segundo é o mesmo curso iniciado anos
atrás e suspenso por motivos de doença. Vem agora em formato mais exequível para
o atual momento; e com sua retomada como que pago uma dívida.
Anuncio-os desde já para que os interessados já se possam ir programando
em todos os sentidos. Ademais, é o tempo de que terei necessidade para gravar
tantas aulas (ao todo, 48).
Como quer que seja, parece-me que com estes dois novos cursos* dou grandes passos em direção à meta
que estabeleci para minha velhice: não só percorrer mas ajudar a percorrer a
longa estrada que conduz à Sabedoria.
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Carlos Nougué
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17:24
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Novo curso (pago) de Carlos Nougué (para outubro): «História da Música Erudita Ocidental (litúrgica e profana)»
História da Música Erudita Ocidental
(religiosa e
profana)
Curso on-line de
24 horas ministrado por
Carlos Nougué
[Curso já ministrado presencialmente e fundado
em nosso livro Das Artes do Belo, por
publicar-se.]
“A música não tem por fim senão louvar a Deus e
recrear a alma
(dentro de justos limites). Quando se perde isso de
vista, já não pode haver
verdadeira música, e não restarão senão barulhos e
gritos infernais.”
Joahnn Sebastian Bach
[Comunicado 1]
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Carlos Nougué
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Novo curso (pago) de Carlos Nougué (para novembro): «História da Filosofia: Do Impulso Grego ao Abismo Moderno»
História da Filosofia:
Do Impulso Grego ao Abismo Moderno
Curso on-line de
64 horas ministrado por
Carlos Nougué
[Trata-se do mesmo curso iniciado anos atrás
e suspenso por motivos de força maior.
Vem agora em formato mais exequível
para o atual momento.]
“A felicidade última do
homem está na contemplação da Verdade.”
Santo
Tomás de Aquino
[Comunicado 1]
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Carlos Nougué
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quinta-feira, 11 de agosto de 2016
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
Arvo Pärt: Como anhela la cierva/Como cierva sedienta (original version, 1998) - Obra-mestra
Diz o Salmo:
"Assim como a corça suspira pelas fontes das águas, assim minha alma suspira por ti, ó Deus."
Year of composition:
|
1998/2002
|
|
Scored for:
|
for soprano or female choir and orchestra
|
|
Composer:
|
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Text Source:
|
Bible, psalm 41 or 42
|
|
Original Language:
|
Spanisch
|
|
Choir:
|
SA (unisono)
|
|
Soloinstruments/Soloists:
|
soprano
|
|
Instrumentation:
|
3 3 3 3 - 4 2 3 0 - timp, perc(5), hp, str
|
|
Instrumentation details:
|
piccolo
1st flute
2nd flute (+alto fl)
1st oboe
2nd oboe
cor anglais
1st clarinet in Bb
2nd clarinet in Bb
bass clarinet in Bb
1st bassoon
2nd bassoon
contrabassoon
1st horn in F
2nd horn in F
3rd horn in F
4th horn in F
1st trumpet in C
2nd trumpet in C
1st trombone
2nd trombone
3rd trombone
timpani
percussion(5)
harp
violin I
violin II
viola
violoncello
contrabass
|
|
Commissioned by:
|
Obra escrita por encargo de
15° Festival de Música de Canarias 1999
|
|
Remarks:
|
Former title: Como anhela la cierva
|
|
Duration:
|
30′
|
|
Dedication:
|
für Caecilia
|
Postado por
Carlos Nougué
às
15:03
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