C.
N.
Por esta cena (vide
João 4, 13-14: “Jesus respondeu: ‘Quem beber desta água terá sede outra vez,
mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a
água que eu lhe der tornar-se-á nele uma fonte de água a jorrar para a vida
eterna’”), por esta cena, digo, e pelo filme como um todo se entende por que
disse Pio XII que o cinema “poderia ter sido” a maior das artes. Porque, com
efeito, nesta mesma e imponente película se imiscuiu o mal. O roteirista do
filme, o terrível Gore Vidal, alterou radicalmente duas coisas com respeito ao
livro original: insinuou, ainda que imperceptivelmente para a maioria das
pessoas, uma relação homossexual entre Ben-Hur e Messala; e eliminou o final do
livro, ou seja, a conversão a Cristo do príncipe judeu Ben-Hur, limitando-se à
cura milagrosa de suas parentes leprosas. Há outros problemas, ademais; mas
baste aqui o dito.
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