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terça-feira, 30 de agosto de 2016

"Um Condenado à Morte Escapou", de Robert Bresson (1956)


C. N.

 

Como se disse em Cinema: arte liberal, arte do belo (e um filme de Robert Bresson), o primeiro objeto da arte do belo é a proposição mental que é significada ou simbolizada por uma obra bela. Pois bem, a proposição simbolizada por esta estupenda película de Bresson é O vento sopra onde quer” (de João 3, 8: “O vento sopra onde quer, e ouves sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito”). Veja-se o filme (aqui só pude postar seu trailer), e comprovar-se-ão tanto seu conseguimento quanto ao duplo objeto da arte como sua devida ordenação ao fim desta.  Uma última coisa: a música de Mozart (sua Missa em dó menorpontua perfeitamente a película.



O agnóstico Ingmar Bergman fala de "O Sétimo Selo" e de Deus


C. N.


Eis uma película que cumpre perfeitamente o duplo objeto da arte, mas falha quanto a seu fim. Para entender o que digo, leia-se Cinema: arte liberal, arte do belo (e um filme de Robert Bresson), e escute-se o que o mesmo Bergman (sem dúvida um cineasta maior) diz neste breve trecho de um documentário. Para o final deste mesmo documentário (o que não aparece aqui), dirá Bergman que se considera a si mesmo uma sorte de demônio. É de estarrecer.