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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

The Best of Tallis


0:00 O Sacrum Convivium
4:52 Audivi Vocem
8:47 Lamentations (Set 1)
17:14 Discomfort Them, Oh Lord
23:52 Loquebantur Variis Linguis
27:39 Lamentations (Set 2)
40:18 Videte Miraculum
53:39 Mass For Four Voices - Sanctus
56:33 Call & Cry To Thee, O Lord
1:00:42 Salvator Mundi
1:04:42 Spem In Allium


Thomas Tallis - If ye love me


Spem In Alium (Thomas Tallis)


Thomas Tallis - Lamentationes Jeremiae


Thomas Tallis - Miserere nostri


J. DESPREZ - L'HOMME ARMÉ


Josquin Desprez. Stabat Mater


Josquin Desprez: Missa Pange lingua


Josquin Des Prez: Miserere mei, Deus


Josquin Desprez - De profundis clamavi


Josquin Desprez - "Ave Maria"


Josquin Desprez Missa Ave Maris Stella Motets & Chansons


Ockeghem - Ma bouche rit et ma pensee pleure


Johannes Ockeghem - Déploration sur la mort de Binchois


Johannes Ockeghem - Missa Au Travail Suis


Johannes Ockeghem: Missa Prolationum


Dunstable: Quam pulchra es


John Dunstable - Veni Creator Spiritus


Guillaume Dufay - Mon bien, m'amour et ma maistresse


Guillaume Dufay - moteto "Nuper rosarum flores"


Guillaume Dufay - Missa L'Homme Armé


Machaut: Le Remède de Fortune


Guillaume de Machaut - Le Jugement du Roi de Navarre


Machaut - Messe de Notre Dame (Ensemble Organum)


Perotin - Viderunt Omnes


Perotin: Sederunt Principes. Escuela de Notre Dame. Organum.


Pérotin "Alleluia nativitas"


Leonin: Viderunt omnes


Léonin - Messe du Jour de Noël (Ensemble Organum)


Anton Bruckner - 6 Obras Corais


Carlos Nougué

Sem propriamente romper com a tradição germano-austríaca de cantatas e de corais religiosos (Bach, Mozart e outros), Bruckner, no entanto, vai dar a suas peças corais caráter estritamente católico e litúrgico. Não falo de suas missas, duas das quais ao menos, apesar de sua grande beleza e de sua profunda religiosidade, dificilmente têm caráter litúrgico. Falo tanto de suas peças mais propriamente litúrgicas (Tantum ergo, Graduale, Offertorium) como de suas peças devotas soltas (motetos, ave-marias, etc.), as quais ocuparam o compositor durante boa parte de sua vida (de 1845 a 1892, em S. Florian, em Linz, em Viena). Mas, mais que dar caráter estritamente católico e litúrgico à referida tradição germano-austríaca, Bruckner, mediante, como alguém já disse, uma elaboração harmônica finamente equilibrada (trate-se de vozes a capella ou, mais raramente, acompanhadas de trombones ou de órgão) e impressionante efeito de volume no uso das massas sonoras – o que evoca a grandiosidade das naves das catedrais góticas ou barrocas –, Bruckner como que retornará não só a um Allegri, mas, de algum modo, a Pérotin e Léonin (sem que conhecesse a música destes). Isso sem perder o caráter extático e ascendente – barroco – que bebeu desde tenra idade na igreja do mosteiro agostiniano de S. Florian, onde está sepultado perto de seu amado órgão. E, com efeito, escutar estas peças de Bruckner é sentir-se partícipe da devoção da multidão reunida naquela casa de Deus, em cujas rendilhas e volutas de pedra e de argamassa como que está tecida a fé de todo o povo cristão.
Em verdade, a música de Bruckner – seja a litúrgica, seja a profana (religiosa ou não) – é única. É ela mesma um cânon, um sublime cânon.

* * *
1. Ave Maria 
2. Afferentur regi 3:36
3. Pange lingua 5:10
4. Locus iste 9:56
5. O justi 13:08
6. Christus factus est 17:23

Anton Bruckner e Santo Tomás de Aquino: "Pange Lingua"


Carlos Nougué

Disse Pio XI que a Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino é o Céu visto da Terra. E este sublime hino religioso é o Céu poetizado e cantado da Terra. Que eu não perca um dia de vida sem que louve e divulgue estes dois cumes da humanidade: Santo Tomás de Aquino e Anton Bruckner.