Assim como, por exemplo, o só capítulo XI do
livro IV da Suma contra os Gentios, de S. Tomás, vale mais que toda a
literatura junta, por melhor que esta seja, assim também, ainda por exemplo,
este só pequeno duo (2 minutos e meio) da longa peça religiosa de Händel
(1685-1759) Brockes Passion HWV 48 vale mais que toda a música popular
junta, por melhor que esta seja. E, se lhes posso dar um conselho, é que se
eduquem musicalmente para poder educar musicalmente seus filhos. Como dizia
Aristóteles no livro VIII de sua Política, a educação musical e a boa
música, que é um análogo da virtude, ajudam a soldar a pólis, a sociedade. Mas,
como devemos dizer nós, católicos, a boa música – além do que diz Aristóteles –
ajuda a purificar a alma, razão por que não deixa de ser um auxiliar dos
influxos da graça, e certamente é um regalo de Deus para que mais facilmente
suportemos as dores deste vale de lágrimas. – Ademais, veja-se que dupla de
cantores, e quanto sua arte é incalculavelmente superior à de qualquer cantor
popular, por melhor que seja; e com que elegância o maestro rege seus músicos,
como se a música saísse de suas próprias mãos, de modo análogo a como Deus rege
o universo, no qual efetivamente nada
se move sem ser movido antes de tudo pelas "mãos" do Primeiro Motor
Imóvel.
sábado, 6 de novembro de 2021
Sabine Devieilhe e Stéphane Degout cantam Händel, "Brockes Passion HWV 48", II. Soll mein Kind
Postado por
Carlos Nougué
às
07:26
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